No navio negreiro No tempo da escravidao Seguia sem rumo o negro Sem rumo seu coracao No canavial Negro era o carro forte Entre a vida e a morte Negro era a solidao Hoje negro e vida Negro e luz e um talento Mas que em certos momentos Sinto em seu peito uma Dor Para tentar esquecer Das angustias do passado Daquele rosto marcado Faz meu corpo enfraquecer Mas algo Dentro de mim e mais forte Me conduz alem da morte E guia meu coracao Sinto em meu peito A forca da capoeira Essa arte brasileira Luta de libertacao Por isso Quando eu toco um berimbau Sinto arrepiar a alma Sinto a mente mais calma Minha dor se vai entao Camarada...