Preto vélho negro mandingueiro Já foi prisioneiro na escravidão Traz na péle a marca dos açoites O corpo surrado e cálo nas mãos
O negro sofria o negro sofria No chicote, no açoite, de dia de noite Bânzo e agônia
O negro sofria o negro sofria No tronco de madeira era castigado mas nada dizia
O negro sofria o negro sofria Mas o negro era forte e a beira da morte à dor resistia
Hoje em dia o negro libertado Não mais acôado pela escravidão Não esquece a dor do passado Traz o ódio guardado no seu coração
Preto vélho hoje conta estórias Senzala, chicóte, bânzo e agônia Nimguém pode imaginar O quanto esse negro sofria